por Mazi Qua maio 29, 2013 10:42 am
ASA perde para Palmeiras por 3 a 0
Em exibição irretocável no primeiro tempo, o Palmeiras bateu o ASA por 3 a 0, no Estádio Municipal Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca, com direito a gritos de "olé" no fim da partida. Com o resultado, o Verdão assume a liderança da Série B do Campeonato Brasileiro - além do time paulista, só o Figueirense tem duas vitórias em dois jogos, mas pior saldo.
Para os palmeirenses, o receio da primeira partida fora de casa na competição demorou menos de dez minutos para acabar. Com duas assistências no primeiro tempo (para Kleber e Juninho), o atacante Leandro deu o tom da equipe alviverde e calou a pressão dos torcedores do ASA que lotaram o estádio para acompanhar a reestreia do ídolo Lúcio Maranhão no confronto. Um baile em verde e branco.
Escalado com três atacantes na estreia, o Verdão não sentiu a ausência de Vinícius, vetado pelo departamento médico por conta de uma lesão muscular. Após diversas chances desperdiçadas contra o Atlético-GO, a equipe, no 4-4-2, converteu em gols as oportunidades que teve em Arapiraca.
A vitória palmeirense serviu também para calar as gozações da torcida local, que, antes do jogo, lembrou insistentemente a eliminação na Copa do Brasil de 2002.
Agora, o Palmeiras faz duas partidas consecutivas em casa. No próximo sábado, os comandados de Gilson Kleina enfrentam o América-MG, no estádio Novelli Júnior, em Itu, às 16h20m (horário de Brasília). Já o ASA viaja a Santa Catarina, onde enfrenta o Joinville na sexta-feira, às 19h30m, na Arena Joinville.
Bem mais fácil que o esperado
A primeira experiência do Palmeiras fora de casa na Segunda Divisão deixou claro: os jogos da equipe na competição nacional serão verdadeiros eventos, muito além das quatro linhas. A cidade de Arapiraca parou para receber um dos clubes mais vitoriosos do futebol brasileiro. A torcida lotou o estádio e fez muito barulho, a diretoria anunciou novo patrocínio para esta temporada... Mas faltou futebol ao ASA. E sobrou ao Palmeiras.
O Verdão ainda terá outras 18 experiências como visitante ao longo do campeonato. Serão viagens cansativas, estádios acanhados e estruturas limitadas como principais obstáculos. Mas se fizer valer o ditado de que a primeira impressão é a que fica, a equipe conquistará o acesso à elite nacional sem maiores dificuldades. No interior de Alagoas, o Verdão passeou.
Com um sistema defensivo frágil, o ASA demorou apenas oito minutos para ceder à pressão do Palmeiras. De volta ao esquema tático com dois atacantes, devido à ausência de Vinícius, lesionado (Wesley entrou no meio), Gilson Kleina apostou no entrosamento entre Leandro e Kleber. Deu certo. O primeiro acertou passe longo com precisão nos pés do segundo. Sozinho, Kleber teve paciência para driblar o goleiro Gilson e empurrar para a rede.
Ausente na estreia contra o Atlético-GO, em Itu, por conta do alto preço dos ingressos, a torcida alviverde não decepcionou em Arapiraca. Lotou o setor visitante e, com o domínio no placar, aproveitou para zombar dos donos da casa. Com a queda natural de ânimo dos alvinegros, os palmeirenses deram o tom no estádio Coaracy da Mata Fonseca.
- Uh, se calou! Uh, se calou!
Dentro de campo, o ASA também se calou diante da superioridade do Palmeiras. Em noite inspirada, Leandro se livrou com impressionante facilidade da marcação mais duas vezes e, no prazo de vinte minutos, encontrou o lateral Juninho e depois, indiretamente, o meia Tiago Real (a bola era para Kleber) em situações favoráveis para dar ao Verdão uma vantagem que nem o torcedor mais otimista esperava antes do intervalo: 3 a 0.
Verdão administra e ASA empaca
A vantagem no placar gerou uma acomodação natural nos jogadores do Palmeiras. Com Caio Mancha no lugar de Kleber, substituído por conta de dores no joelho, o time passou a dar mais abertura ao ASA. Com a torcida bem menos animada do que nos minutos iniciais, os donos da casa centralizavam todas as jogadas no atacante Lúcio Maranhão, autor de 41 gols pela equipe alagoana no ano passado. Sem sucesso.
Emprestado ao Vitória, onde praticamente não foi utilizado, o principal nome do ASA demonstrou falta de ritmo de jogo e não correspondeu às expectativas. Responsável pela armação das jogadas, Didira não conseguia aparecer para o jogo. Wanderson, chamado de Neymar de Arapiraca por conta da semelhança física com o craque do Barcelona, tinha apenas alguns lampejos. Tranquilo, o Palmeiras se limitava a administrar o resultado.
Inquieto à beira do campo, Gilson Kleina fazia jus ao discurso de que não acreditava em jogo fácil na Série B. Ainda que o goleiro Bruno representasse praticamente um espectador de luxo em campo, o treinador pedia atenção ao Palmeiras cada mínimo vacilo. Margem de erro zero para evitar surpresas desagradáveis em uma partida vencida nos primeiros 45 minutos.
A postura agressiva apresentada pelo ASA na estreia contra o Paysandu, quando a equipe de Arapiraca buscou o empate fora de casa com um jogador a menos, não se repetiu. O time chegou a marcar, mas o gol acabou sendo anulado - Fabiano usou a mão para mandar a bola para a rede. Atrapalhados, os alvinegros assistiram ao Palmeiras jogar e sair de Alagoas com importantes três pontos.
Globo esporte