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    Paulo Rink revive Chape de 1995

    Redação Sou Chape
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    Data de inscrição : 16/05/2013

    Paulo Rink revive Chape de 1995 Empty Paulo Rink revive Chape de 1995

    Mensagem por Redação Sou Chape Dom maio 19, 2013 1:24 pm

    O cara que hoje busca fazer da cidade de Curitiba uma das sedes de destaque da Copa do Mundo de 2014, é o mesmo que, na década de 1990, levava ao delírio os torcedores da Chapecoense, que lotavam o Índio Condá para gritar seus gols. E não foram poucos que Paulo Rink marcou com a camisa do Verdão do Oeste. Atual vereador na sua cidade natal, no Paraná, o ex-atacante deixa saudades até hoje, por lá.

    A sua primeira passagem foi em 1993, então com 20 anos. Como precisou servir o exército naquele ano, pouco atuou pela Chape, onde chegou por empréstimo do Atlético-PR. De volta ao time paranaense, Paulo Rink teve outra chance. No entanto, foi em 1995, em sua segunda passagem pelo Verdão do Oeste, que o jogador começou a fazer história no futebol. Primeiro, no Sul do país, para se consagrar em todo o Brasil e explodir na Europa.
    – Só tenho boas lembranças de lá, foi muito tempo atrás. Tem o meu primeiro contrato até hoje lá na parede do clube, mostrando que ganhava R$ 300 por mês. Não tinha vergonha de mostrar isso, e autorizei – conta Paulo Rink, sobre o ganho mensal em 1993.

    No Campeonato Catarinense de 1995, o atacante ‘aconteceu’. Ao lado de jogadores como Itá, Índio e João Carlos Maringá, Paulo Rink ajudou a Chapecoense a ir longe no Estadual. Diferente da atual equipe, que sagrou-se campeã no primeiro turno, o time do então técnico Vicente Arenari levou o returno, que garantiu o time na final. Na decisão, assim como a que vai acontecer neste domingo, a Chape teve o Criciúma pela frente. Na ida, vitória esmagadora, em casa, por 4 a 1. Na volta, a decepção.

    – Tenho duas imagens daquela final: uma cabeçada quase no final do segundo tempo e quando estávamos com três expulsos, no início da prorrogação, e ficamos com seis na linha. Pensando hoje, acho que arrumaram (as expulsões). Me marcou muito (o segundo jogo), por isso que lembro da cabeçada. Se eu fizesse, mataria o jogo. Aquela imagem com o time todo atrás, nunca vi nada igual – lembra o então camisa 9 da Chape, sobre a perda do título; com melhor campanha, o Criciúma nem precisou ganhar na prorrogação para ficar com a taça.
    Em 1995, algo, no mínimo, diferente aconteceu. Como os turnos do campeonato tinham finais, e justamente as duas equipes decidiram os dois turnos, Chapecoense e Criciúma se enfrentaram oito vezes ao longo do Estadual – as quatro decisões dos turnos, dois jogos na primeira fase, além das finais ‘gerais’. Com tanto jogo entre os mesmos jogadores, nada mais normal que o clima esquentasse no final. E Paulo Rink se envolveu, ainda no primeiro tempo da partida decisiva.

    – Foi uma trombada com o Gilson, companheiro meu de Chapecoense em 1993. Falei para ele, ‘meu ombro é muito duro’. Quebrou dois dentes dele, coisa de jogo, não teve nada demais, depois pedi desculpas. Nosso time era muito unido, ainda pequeno, em desenvolvimento, enfrentamos os grandes de igual pra igual, a cidade ainda estava sendo construída, era o inicio da cidade – relembra o hoje vereador de Curitiba.

    Com a grande performance, Paulo Rink foi chamado de volta ao Atlético-PR. Lá, ao lado de Oséas, marcou época no clube paranaense, sensação do Campeonato Brasileiro. O bom futebol, em 1996, o levou à Alemanha, contratado pelo Bayer Leverkusen. Naquele mesmo ano, a Chape, já sem Paulo Rink, sagrou-se campeã, a primeira vez desde 1977. Na Europa, o então jogador sentiu o mesmo clima – até pior – que em Chapecó, cidade que viveu boas histórias e tem carinho até hoje.

    – Sempre tem o pessoal me mandando mensagem de Chapecó. Vou torcer pela Chape, desculpe o adversário. Lembro que um dia vendi uma moto para um fã pelo dobro do preço (risos). Também lembro da torcida apoiando com menos 4 graus. Tomamos café com conhaque para esquentar. O Chico, massagista, que colocava. Na Europa tinha roupa térmica, pomada, em Chapecó era mais rústico. Agora faço a divulgação da Copa em Curitiba, visando a transparência do dinheiro público. Tento fazer a minha parte como ex-atleta – garante Paulo Rink.

    GloboEsporte

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